Exposição na Biblioteca Nacional apresenta os documentos que colocaram a Revolta da Chibata nos livros de história do Brasil | ||||||
por Bruno Fiuza | ||||||
A obra homenageada não é um livro qualquer: foi o primeiro a contar a história da rebelião organizada por um grupo de marinheiros no Rio de Janeiro em 1910 para reivindicar o fim dos castigos corporais na Marinha. No dia 22 de novembro daquele ano, um grupo de oficiais da Armada brasileira tomou os encouraçados Minas Gerais, São Paulo e Deodoro, e apontou os canhões dos navios para o palácio do Catete, na época sede do governo federal. A revolta durou até o dia 26 de novembro, quando o governo do presidente Hermes da Fonseca concedeu anistia aos insurretos. Foi, no entanto, uma vitória de Pirro para os marinheiros. Poucos dias depois os revoltosos começariam a ser demitidos da Marinha e, na sequência, presos e torturados. O único participante da revolta que sobreviveu à repressão foi o líder do movimento, João Cândido, conhecido como o “Almirante Negro". Por mais de 40 anos, a revolta foi um tabu para as Forças Armadas brasileiras. Os poucos pesquisadores que tentaram levantar a história na década de 30 foram perseguidos pela Marinha e tiveram de desistir da empreitada. Foi só em 1958 que Edmar Morel conseguiu reunir o material necessário para contar a história daquela que ele batizou de A Revolta da Chibata, título do livro que publicou em 1959. Morel não só reuniu documentos como entrevistou pessoas ligadas ao movimento, incluindo João Cândido, de quem ficou amigo. A exposição em cartaz na Biblioteca Nacional apresenta 35 documentos usados pelo jornalista para resgatar do ostracismo uma revolta popular que, se dependesse da Marinha, continuaria relegada aos porões da história. http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/os_monumentos__escritos__ao_almirante_negro.html |
23 de set. de 2009
Uma homenagem ao Almirante Negro
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